Há mais de dois mil anos atrás
uma mulher chamada Maria teve que se despedir de seu jovem filho após vê-lo ser morto de uma forma cruel. Nesse início de ano estamos presenciando
uma tragédia em que mais de duzentas mães choram por seus filhos.
Não estamos acostumados com a
morte, muito menos de jovens, menos ainda na quantidade que foi e em um
ambiente de festa. A cada história ouvida é uma dor especifica, nos colocamos
no lugar dos personagens e percebemos como estamos sujeitos a coisas do tipo.
Quando ouvimos falar de algum acidente de avião com mortos, compadecemo-nos,
mas se não é de nosso costume fazer viagens aéreas, então colocar-nos no lugar
é um pouco mais complicado. Mas quem nunca foi a uma festa ou permitiu que o
filho fosse e voltasse tarde?
Nesses momentos prefiro o
silêncio, mas obviamente cheio de perguntas. Uma bem comum em tempo de
sofrimento é sobre a presença de Deus e o motivo de não ter se manifestado em
favor da vida dos que sofreram. Não temos resposta pra tudo, mas escolho crer
em um Deus que nos dá autonomia para nossas escolhas. Só que infelizmente o
livre arbítrio de alguns afeta o de outros, aqueles jovens não escolheram
morrer, mas a irresponsabilidade dos donos e de autoridades desrespeitou a sede
de vida de mais de 230.
Maria chorou pela morte do
próprio Deus, que mostrou-se presente e consolador. Assim, digo que Deus está
em Santa Maria com a mãe que sofre por ter perdido os quatro filhos, com a
namorada que foi salva pelo seu amor e o perdeu, com o irmão que reconheceu sua
irmã no chão e com todos que de alguma forma foram afetados.
“Deus está com os que sofrem, e estará conosco se também estivermos com eles”. Bono
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