é ter o próprio rítimo - Ciranda
é ter os próprios músicos - Luis Perequê , Cirandeiros, Ciranda Elétrica
é ter os próprios poetas - José Kléber, (amigo Flávio de Araújo)
é ter a própria comida - Peixe com Banana
é ter a própria bebida - Cachaça
é ter as próprias festas - Flip, Bourbon, Divino...
é conviver com a mistura - índios, quilombolas, caiçaras
é ter opções, praias, ilhas, cachoeiras, histórias, lendas, cultura
é viver em uma nostalgia constante e literalmente no paraíso.
"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade". Carlos Drummond de Andrade
quinta-feira, 25 de abril de 2013
segunda-feira, 1 de abril de 2013
Mais do Que Festa
Curioso como todo ano segue um
ciclo, algumas coisas novas surgem, mas somos acostumados a conviver com outras
que nos seguirão até o fim da vida. É natural já no réveillon fazermos as
promessas para o ano que se inicia, começamos com a alegria e o calor do verão,
passamos pelo outono, o período reflexivo do inverno, a primavera, até
novamente nos depararmos com a estação das praias. Temos também o período de
comer mais chocolate, outro de comer panetone e rabanada, e até um que nos
deliciamos de iguarias da roça.
Por morarmos no Brasil, seguimos
o calendário cristão, este recheado de datas comemorativas que nos fazem
lembrar acontecimentos da vida de Cristo. Todo cidadão informado sabe que o
Natal é a data que festejamos o nascimento de Jesus, na sexta-feira “Santa” é
lembrada a crucificação, e já no domingo de páscoa é hora de comemorarmos a
ressurreição. Todas estas datas são marcantes, principalmente para aqueles que
levam uma vida religiosa e se emocionam com corais, encenações e danças.
Mas uma coisa sempre me intrigou, teria Jesus vindo a terra somente para nascer, morrer e ressuscitar? E todo tempo que ele passou por aqui? Creio que se fosse somente este o objetivo da vida dele, não teria passado tanto tempo em nosso meio e não teria se esforçado como se esforçou para nos passar a mensagem que chegou até nós.
Será que precisamos de um dia
para lembrar também da VIDA de Jesus? Penso que não. Podemos continuar
lembrando do nascimento dele quando vemos noites luminosas e presentes sendo
trocados, da sua morte e ressurreição quando presenteamos alguém com
chocolate, mas a vida dele não cabe em
um dia. Teríamos que reservar uma data para festejar o dia que transformou a
água em vinho e permitiu que a festa continuasse, surgiria um feriado para
comemorarmos o “tapa na cara” que Jesus deu em uma sociedade machista ao
conversar com
a mulher samaritana, fora que não poderíamos esquecer de nenhum
milagre que inseria doentes, pobres,
crianças, todos na comunidade.
O que nos falta é não só
lembrarmo-nos dele em dias festivos, mas tê-lo como exemplo no dia-a-dia. Com o
Cristo somos convidados a amar e lutar por justiça a todo o instante. Quem vive
Jesus sonha com dias melhores e esta de braços abertos para acolher os que mais
precisam. Comemoremos sim o Natal, a Morte e a Páscoa, mas vivamos diariamente
a mensagem que nos foi ensinada.
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